Preso em um albergue da Polícia Federal (PF) por participação em organização criminosa, o (ainda) vereador de Chapadinha, Eduardo Sá, teve o segundo pedido de liberdade provisória negado pela Justiça nesta quarta-feira (10).
Sá foi preso dia 04 de dezembro, 2 dias após ter tido residência e empresa arrombadas pela PF durante a Operação Ferro e Fogo, que investiga esquema criminoso envolvendo servidores do Ibama e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema). No mesmo dia ele protocolou um pedido de liberdade, que foi negado pela justiça (informações do site da Justiça Federal).
Na última quarta-feira (10), com a proximidade do fim da prorrogação de sua prisão, Sá voltou a requerer sua liberdade, porém o juiz federal Nelson Loureiro dos Santos, responsável pela 2ª Vara Criminal, negou-lhe o benefício novamente. Na decisão, o juiz menciona ofício da PF requerendo a manutenção da prisão para "continuar com a fase de tomada de depoimentos e interrogatório", pois, uma vez em liberdade, os réus poderiam "se reunir e combinar entre si a melhor forma de camuflar as respostas e ludibriar os interrogatórios" (ver íntegra da decisão).
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Vereador era "o cabeça" da organização criminosa
Segundo a PF, Eduardo Sá era "o maior responsável, articulador e beneficiado" no esquema criminoso desbaratado pela Operação Ferro e Fogo I e II, conforme se lê em parte da decisão judicial que deferiu os pedidos de prisão:
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Visitas (quase) secretas
Nas dependências da PF, Eduardo Sá foi visitado por alguns vereadores de Chapadinha, talvez para tratarem da eleição para a presidência da câmara, marcada para a próxima segunda-feira (15), já que o vereador preso faz parte da chapa da oposição. Tudo "na surdina", é claro, uma vez que a trupe costuma se manter em total silêncio quando a casa cai para um dos seus. Idem para alguns desocupados metidos a jornalistas da cidade que, mesmo cientes da prisão e da visita, ficaram caladinhos para não contrariar os patrões.
Sá ainda pode ser solto a qualquer momento
Os advogados do vereador não param de protocolar pedidos ou procurar "brechas" na lei para libertar seu cliente. Assim, a qualquer momento, o indivíduo que foi eleito para representar o povo de Chapadinha na câmara, mas preferiu tirar licença do cargo para montar organização criminosa na Sema, poderá estar de volta ao seio da sociedade.
Aguardem mais informações em breve...